quarta-feira, 6 de maio de 2009

Ninguém no meu quadrado

Quando eu morava no Leblon, algumas pessoas que pegavam o ônibus em direção ao centro costumavam colocar suas bolsas ao lado para que o lugar só fosse ocupado em último caso. É como se tivessem direito a privacidade dentro de um coletivo. Achei que era um problema de comportamento elitizado mas depois vi que no metrô acontecia a mesma coisa. E até nos ônibus que cruzam a avenida suburbana a gente vê pessoas tentando impedir,ou torcendo para que ninguém sente ao seu lado. É um paradoxo. Todo mundo fisicamente junto mas espiritual e filosoficamente separados. E não é uma questão de classe nem de sexo. É individualismo mesmo, praga que algumas vezes, confesso, me pegou entre Inhaúma e Engenho da Rainha. Mas não acho uma atitude legal. Afinal quem não tiver vontade de andar ao lado dos outros, faça como a Angélica: vá de taxi. Ou vá a pé. Vai ver que vai ser mais saudável.

4 comentários:

  1. Oi Carlos!
    Obrigada pela visita e volte sempre!
    Foi um prazer te receber lá em casa.
    Bjs.

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  2. Não vi o meu comentário postado. Qual é o caminho para isso?

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  3. Esse "anônimo" sou eu, sua sister que mandou ver no recadinho anterior,com bases altamente filosóficas. Neli

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  4. E é também por isso que te quero ao meu lado. Apesar de sua restrição às aglomerações, te saber como alguém adjetivamente humano foi sempre algo que me encantou. E continua encantando. beijo. Veronica

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